
O Grêmio vai de mal a pior nesta temporada. Jogo após jogo, o discurso se repete: “precisamos de tempo para trabalhar”. O problema é que já estamos em abril — e o time ainda não tem padrão tático, formação ideal, muito menos competitividade dentro de campo. Dá para contar nos dedos as partidas em que Gustavo Quinteros conseguiu apresentar algo convincente até aqui.
A direção garante que o trabalho está sendo bem desenvolvido, apesar das cobranças da torcida e dos protestos nas redes sociais. Mas, na prática, é difícil enxergar qualquer evolução no time. Até aqui, o Grêmio sofreu para se classificar na Copa do Brasil — nos pênaltis. Na Sul-Americana, venceu dois adversários tecnicamente inferiores, mas sem apresentar bom futebol. E no Brasileirão, somou duas derrotas em três partidas.
Agora, o time inicia a semana do Gre-Nal sob enorme pressão e com poucas — ou quase nenhuma — expectativa de melhora.
O Gre-Nal sempre carrega um peso decisivo — pode equilibrar a balança ou afundar de vez uma temporada. O Grêmio, neste momento, joga todas as suas fichas no clássico de sábado. Mas, nem o torcedor mais otimista parece acreditar em uma virada.
Gustavo Quinteros não entendeu o tamanho do Grêmio, tampouco a exigência do futebol brasileiro. Está mais do que na hora de mudar: o trabalho não deu certo.
O “fato novo” às vésperas de um Gre-Nal pode ser arriscado, mas o clube não tem mais nada a perder. Pior do que está, não dá pra ficar. Dorival Júnior e Mano Menezes seguem disponíveis no mercado — e seriam nomes de segurança, com respaldo e experiência para dar estabilidade ao restante do ano gremista.