A Polícia Militar (PM) do Distrito Federal informou que, durante a madrugada desta quinta-feira (14), encontrou mais três artefatos explosivos no local onde Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, estava hospedado, em Ceilândia, região administrativa a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília. O homem, natural de Rio do Sul (SC), morreu na noite de quarta-feira (13), após detonar explosivos na Praça dos Três Poderes, em um ataque ocorrido por volta das 19h30.
Vistoria e desativação de explosivos
Após o incidente, o esquadrão antibombas da PM realizou uma varredura na residência de Tiu França e também no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde seu carro, que também explodiu, estava estacionado. Durante a operação, foram encontrados outros explosivos, que foram desativados com segurança pelos agentes. O local onde Francisco estava hospedado foi liberado às 7h para perícia, e o corpo de Tiu França foi retirado por volta das 9h.
Além disso, os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto passaram por inspeções na noite de quarta-feira para garantir a segurança. A PM continua realizando varreduras na área, com o objetivo de encontrar mais dispositivos e garantir a integridade das instalações.
Investigação da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar os detalhes do ataque, e peritos criminais começaram a investigação utilizando técnicas semelhantes às usadas na reconstrução de crimes ocorridos em 8 de janeiro do ano passado, quando os prédios dos Três Poderes foram alvo de ataques golpistas.
Um dos primeiros passos da investigação será a análise de vestígios no local do incidente e a coleta de imagens de câmeras de segurança, incluindo as do STF, que registraram Francisco atirando artefatos explosivos em direção à escultura “A Justiça”, que fica em frente ao prédio da Corte, antes de acender outro dispositivo no próprio corpo.
As explosões causaram grande comoção e foram ouvidas no final da sessão do plenário do STF, momento em que os ministros da Corte foram retirados em segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto no momento do ataque, tendo deixado o local por volta das 17h30.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades, que buscam entender a motivação e a dinâmica do ataque, além de avaliar possíveis implicações no contexto de segurança pública e ameaças ao poder executivo e judiciário.