Recentes inundações devastaram a Espanha, resultando em mais de 150 mortes e grandes prejuízos, principalmente nas regiões leste e sul do país. As chuvas intensas foram geradas pelo fenômeno climático conhecido como DANA (Depressão Isolada de Alta Altitude), que ocorre quando massas de ar frio encontram massas de ar quente e úmido sobre o Mar Mediterrâneo. Este encontro cria nuvens de tempestade pesadas que, ao se acumularem em uma mesma área por várias horas, resultam em chuvas contínuas e intensas.
A geografia da Espanha, especialmente nas áreas próximas ao Mediterrâneo, torna o país particularmente vulnerável ao DANA, que tem sido associado a episódios de chuvas torrenciais, inundações e até mesmo tempestades de granizo e tornados. Neste último episódio, regiões como Valência registraram um volume superior a 300 litros de chuva por metro quadrado, um dos maiores índices de precipitação da história recente da área.
Os especialistas alertam que a frequência e a gravidade dos eventos climáticos extremos, como o DANA, têm aumentado devido ao aquecimento das águas do Mediterrâneo e ao aumento das temperaturas globais. Esse aquecimento amplia a umidade na atmosfera e gera um cenário propício para tempestades mais violentas e persistentes. Mesmo com sistemas avançados de alerta de tempestades, os níveis de precipitação registrados superaram as previsões, surpreendendo moradores e dificultando evacuações.
Com as mudanças climáticas em curso, há consenso entre cientistas de que esses eventos devem se tornar ainda mais recorrentes e intensos. Isso exige que as regiões afetadas desenvolvam estratégias eficazes para enfrentar desastres naturais dessa magnitude e proteger a população em eventos futuros.