Mulheres que moram sozinhas atingem maior percentual no Rio Grande do Sul

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (25) pelo IBGE, mostram que o Rio Grande do Sul apresenta um dos maiores percentuais de mulheres vivendo sozinhas no Brasil. Com 22,3% das unidades domésticas sendo unipessoais, o estado destaca a crescente autonomia feminina na composição familiar.

No cenário nacional, os homens são responsáveis por 50,9% das unidades domésticas, totalizando 37 milhões, enquanto as mulheres representam 49,1%, com 36 milhões. Essa diferença é significativamente menor do que em 2010, quando 61,3% dos responsáveis eram homens.

A pesquisa também revela que, pela primeira vez, a proporção de pardos (43,8%) entre os responsáveis por domicílios superou a de brancos (43,5%). Essa mudança demográfica reflete uma diversidade crescente nas famílias brasileiras.

Em relação à estrutura familiar, 57,5% das unidades eram compostas por um responsável e um cônjuge de sexo diferente, uma queda em comparação aos 65,3% de 2010. As uniões homoafetivas representam 0,54% do total, mostrando um aumento significativo desde a última pesquisa.

A média de moradores por domicílio no Brasil é de 2,8 pessoas, evidenciando uma tendência de diminuição no tamanho das famílias. O crescimento de lares sem filhos, que passou de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022, também é um indicativo das novas dinâmicas familiares.

Esses dados do Censo refletem não apenas a evolução das estruturas familiares no Rio Grande do Sul, mas também as transformações sociais em andamento no estado e em todo o país.