Após 170 dias de paralisação devido à enchente que devastou o Rio Grande do Sul, o Aeroporto Salgado Filho reabre suas portas. Esta é uma conquista significativa, um sinal de esperança e renovação para todos os gaúchos, representando um passo importante no processo de reconstrução. Contudo, essa vitória também traz à tona uma reflexão necessária: o atraso no processo de reabertura revela um dos maiores entraves ao nosso desenvolvimento — o peso do Estado e a ineficiência burocrática.
O Aeroporto Salgado Filho é uma estrutura estatal, de propriedade da União. Desde o início do desastre, era responsabilidade do governo federal viabilizar, com agilidade, as ações necessárias para restabelecer o funcionamento do aeroporto. No entanto, o que vimos foi um longo período de espera, agravando as perdas econômicas e sociais do Estado.
Essas perdas nos ensinam uma lição clara: precisamos urgentemente reduzir o tamanho do Estado, simplificar a burocracia e eliminar a intransigência que impede o desenvolvimento. Independentemente de qual partido esteja no poder, é inegável que as amarras impostas pela máquina estatal prejudicam o país. A demora na reabertura do aeroporto é um reflexo de como o peso excessivo do Estado pode atrasar a recuperação em momentos críticos.
Agora, com os voos novamente decolando e pousando no Salgado Filho, podemos enxergar um símbolo de um futuro melhor. Que essa reabertura não seja apenas um retorno à normalidade, mas sim o início de um novo capítulo para o Rio Grande do Sul e o Brasil. Que os desafios enfrentados nos inspirem a buscar um Estado mais enxuto, ágil e eficiente, capaz de fomentar o crescimento e enfrentar crises com rapidez e eficácia.
Que o Salgado Filho, com seus aviões voltando a cruzar os céus, seja o símbolo da decolagem de um novo Rio Grande e de um novo Brasil.
Jeronimo Goergen