A primeira edição do PIT Conecta Startups ocorreu nesta quinta-feira (9/1) no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). O objetivo foi conectar o Programa de Inovação do Tesouro (PIT) às startups gaúchas, sendo que 71 delas de inscreveram. A promoção do evento é compartilhada pelo Tesouro do Estado com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), e apoio da Rede RS Startup.
A titular da Sict, Simone Stülp, apresentou o que o governo de Estado tem feito para aplicar as novas legislações que auxiliam na contratação de inovação. “É recompensador ver, nesta época, este espaço lotado”, disse, referindo-se à grande participação de representantes das startups no evento.
“Nossa primeira semana útil de janeiro nos apresenta uma aproximação sobre o que queremos para 2025. Precisamos normalizar compras públicas de inovação, encomendas tecnológicas mais alinhadas com as tendências globais”, destacou.
Simone também chamou a atenção para o amadurecimento da política de inovação e da necessidade de pensar a longo prazo. “Este momento aqui com o Tesouro do Estado é resultado de todo um desenho estratégico de longo prazo. Por isso, passamos a regulamentar a Lei Gaúcha de Inovação”, complementou.
Já o Tesouro do Estado focou na apresentação de seus principais projetos e nos desafios futuros. O subsecretário do Tesouro, Eduardo Lacher, chamou atenção para a natureza do trabalho público, em função de um conjunto de demandas maior que a capacidade do Estado e, portanto, da necessidade de buscar soluções e acessar um desenvolvimento com nova base produtiva.
Lacher explicou que os servidores públicos são selecionados e treinados para não errar, atendendo às leis, mas, ao mesmo tempo, precisam ser inquietos e estar sintonizados com um novo mundo.
“Hoje temos legislação que nos permite contratar startups que nos ajudem a pensar diferente. O nosso Programa de Inovação tem uma relação muito bem estabelecida com as universidades. Precisamos dessas mesmas relações com startups para termos mais agilidade na solução dos problemas”, ressaltou.
Graziela Moller, diretora da Associação Gaúcha de Startups, considera que o interesse do Estado em se conectar e fazer negócios com as startups é extremamente importante para o desenvolvimento desse mercado no RS.
“Amplia as oportunidades de inovação a serem revertidas em duplo benefício: para a população atendida por melhores serviços públicos e para a economia regional”, assegurou.
Projetos de inovação no Tesouro do Estado
No encontro, foram apresentados os principais projetos de inovação em andamento no Tesouro. O chefe da Divisão de Estudos Econômicos e Fiscais e Qualidade do Gasto do Tesouro do Estado, Marcos Antonio Bosio, detalhou algumas iniciativas desenvolvidas junto a outros órgãos finalísticos, especialmente o Programa de Pesquisa Aplicada em Finanças Públicas (PFP), desenvolvido com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), que soma 31 propostas de pesquisa, 13 já concluídas na primeira fase do programa.
Bosio aprofundou um dos exemplos de trabalho junto à Secretaria de Educação. “Essa iniciativa tem pelo menos quatro focos: fluidez na execução dos recursos na escola, absenteísmo, transparência na alocação e transparência na infraestrutura. Cada foco requer ferramentas e instrumentos que precisamos desenvolver. São muitas possibilidades”, acenou.
Marcelo Lopes, chefe da Divisão de Orçamento e Finanças da Sict, e Paulo Lunardi, subsecretário adjunto da Celic, deram um panorama dos mecanismos legais para investir em inovação, considerando que não existe uma legislação única, mas várias normativas que amparam possíveis contratações.
Dentre essas alternativas estão modalidades como Encomenda Tecnológica (soluções que ainda não estão no mercado), Concurso para Inovação (licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico cujo julgamento será o de melhor técnica ou melhor conteúdo) e contrato de solução inovadora (cocriação entre governo e mercado de soluções de problemas públicos por meio de tecnologia).
Lopes também destacou que está sendo elaborado um programa que busca integrar startups gaúchas ao processo de compras do governo estadual, permitindo que os gestores públicos acessem soluções criativas e eficientes para desafios públicos.
Uma novidade deste encontro foi o café de networking, em que os participantes puderam interagir e conhecer as soluções, tirar dúvidas e trocar contatos para conversas futuras e busca de maior aprofundamento em oportunidades ou ideias que surgiram.
Texto: Ascom Sefaz / Tesouro do Estado
Edição: Secom