O vice-governador Gabriel Souza e o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Carlos Gomes, realizaram a sétima entrega de casas temporárias para atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (17/12), em Encantado. O município do Vale do Taquari já havia recebido 30 dessas moradias, em agosto, mas viabilizou um novo terreno para as novas 50, totalizando 80.
Operacionalizada pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), a ação possibilitou a desativação do quinto e último abrigo de Encantado, além de oferecer mais conforto para que as famílias aguardem as casas definitivas. Durante o ato de entrega, o vice-governador e o titular da Sehab entregaram as chaves para algumas das famílias beneficiadas.
“Nós, gestores, temos que continuar trabalhando ao máximo para diminuir o sofrimento das pessoas que já perderam tanto nas enchentes. Agora, terão um canto para elas, com eletrodomésticos, com mobília, com um banheiro exclusivo para a família. Realmente é um momento diferente para elas. Claro, o ideal e a nossa meta são as casas definitivas, que devem ser entregues pelo governo federal e algumas delas pelo governo do Estado”, avaliou o vice-governador Gabriel Souza.
O secretário Carlos Gomes destacou a importância do acolhimento individualizado. “Toda grande ação de mudança precisa ser feita passo a passo. Hoje damos um grande passo na reconstrução da vida dessas famílias. Logo ali no horizonte estão as casas definitivas. Mas por enquanto terão um Natal e ano novo em um lugar só seu”, disse.
O secretário também lembrou que Encantado foi o primeiro munícipio a aderir ao programa de moradias temporárias. O prefeito Jonas Calvi frisou que as casas são o melhor presente de Natal para as 50 famílias.
As moradias temporárias integram o programa A Casa é Sua – Calamidade, que tem o objetivo de promover a política habitacional de emergência atuando em três frentes: casas temporárias, que são ocupadas pelas famílias enquanto aguardam as casas definitivas.
Até o momento, 292 já foram entregues: 80 em Encantado; 28 em Cruzeiro do Sul; 86 em Estrela; 48 em Triunfo; 20 em Rio Pardo; e 30 em São Jerônimo. As próximas entregas devem ser realizadas Arroio do Meio (40) e novamente em Cruzeiro do Sul (35), que viabilizou um novo local para a instalação dos módulos.
As casas ou módulos temporários são destinadas, preferencialmente, a municípios que ainda possuam pessoas em abrigos e que contem com alguma área fora da mancha de inundação para a instalação das moradias. As prefeituras são responsáveis pelo preparo do terreno – com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) nas ações de terraplenagem, compactação de solo e a preparação da infraestrutura (execução de conexões das redes de água, esgoto e energia elétrica). Os módulos chegam prontos da fábrica ao local de instalação, necessitando apenas de sapatas de nivelamento (um tipo de fundação).
Pela proximidade das festividades natalinas, todas as crianças das famílias que habitarão os módulos receberam brinquedos doados pelo projeto Mulheres e Crianças de Canoas.
As ações fazem parte do Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado, que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. A medida integra também o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis), como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres.
Ao todo, serão 500 casas desse modelo, com um investimento de R$ 66,7 milhões do Estado. Somente pelo A Casa é Sua – Calamidade, além das 500 temporárias, o governo investiu também R$ 58,7 milhões na construção de 422 casas definitivas em 11 municípios.
Sobre os módulos
Cada unidade possui 27 m² e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuírem mobiliário sob medida e eletrodomésticos de linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores.
Por dispensar a construção no local, os módulos são ambientalmente sustentáveis, pois não geram resíduos de obra e possibilitam uma economia de oito vezes menos água em comparação com métodos tradicionais.
Além disso, os módulos ficam incorporados ao acervo do Estado e poderão ser reutilizados por várias vezes em outras situações em que se fizerem necessários, depois que as famílias já tiverem sido transferidas para moradias definitivas.
Texto: Nathalie Sulzbach/Ascom Sehab
Edição: Secom