A saída do técnico Renato Portaluppi pode ser vista por vários ângulos e formatos. Entretanto, é preciso dizer que ele teve personalidade o suficiente e cumpriu com sua palavra, ao dizer que sabia a hora de deixar o clube e que se estivesse atrapalhando deixaria o Grêmio no fim da temporada. É óbvio que sua idolatria jamais será esquecida e suas passagens como comandante sempre serão exaltadas, mas todo ciclo tem um fim e, em 2024, era a hora certa de fechar este.
A estátua não foi implementada na Arena em vão, pois Renato tem muitos méritos e conquistas nos últimos anos à frente do clube. Porém, o ano de 2024 foi muito desgastante e ele sentiu bastante isso na pele. Os erros de planejamento, enchente e a falta de criatividade afetaram diretamente o seu trabalho, mas, principalmente, a sua imagem perante o torcedor. Vimos, este ano, ele ser vaiado no telão do estádio e chamado de “burro” em vários momentos. Esta forma de carinho, ainda não tinha sido vista por Renato, diante do torcedor.
Este aspecto abalou o ídolo e fez ele repensar o seu futuro, achando melhor seguir para novos voos. Este feito, mostra a grandeza dele e o respeito que tem com o torcedor, pois sabe que a sua relação poderia ficar ainda pior se permanecesse. Agora, é hora de oxigenar o grupo, vestiário e pensar num 2025 diferente. A idolatria precisa ser deixada de lado e pensar na profissionalização do departamento, proporcionando qualidade e criatividade no dia a dia. O novo comandante chega pressionado por substituir Renato, mas com a pressão de fazer o time jogar futebol, algo que ficou devendo em 2024.