O agronegócio brasileiro está prestes a viver um período de crescimento significativo nos próximos dez anos. É o que revela o estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2023/2024 a 2033/2034”, divulgado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Embrapa. As principais culturas, como soja, milho, arroz, feijão, sorgo e trigo, devem apresentar um aumento expressivo na produção, enquanto culturas perenes como café e frutas também sinalizam crescimento sustentável.
Aumento na Área Plantada
A área plantada deve crescer 15,5%, alcançando 92,2 milhões de hectares. Para Silvio Farnese, diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do Mapa, a produtividade será um fator fundamental nesse processo. Parte desse aumento será suportada pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, que oferece linhas de crédito para revitalizar terras com baixa produtividade.
Principais Culturas em Destaque
Entre as culturas com maior expansão, destacam-se:
– Soja: aumento de 25,1%
– Milho da safra de inverno: crescimento de 24,9%
– Trigo: 18,4%
– Arroz: 20,3%
– Feijão: 38,1%
Produção de Milho e Arroz
A produção de milho deve alcançar 153,1 milhões de toneladas, um aumento de 32,3% em relação a períodos anteriores, com destaque para a safra de inverno. O consumo interno está estimado em 109,8 milhões de toneladas. Já a produção de arroz deverá aumentar em 3,1 milhões de toneladas, totalizando 13,7 milhões de toneladas, o que permitirá atender ao consumo interno e garantir espaço para exportações.
Soja e Café em Alta
A soja continuará sendo a principal cultura, com uma projeção de produção de 199,4 milhões de toneladas, um aumento de 52 milhões de toneladas. O farelo de soja deve chegar a 48,5 milhões de toneladas nos próximos dez anos. A produção de café também deverá aumentar, com estimativas de 31,9%, alcançando 72 milhões de sacos.
Crescimento da Produção de Proteína Animal
No setor de proteína animal, as aves apresentam o maior crescimento, estimado em 28,4%, seguidas por suínos (+27,5%) e bovinos (+10,2%). As exportações dessas proteínas também devem aumentar, reforçadas por acordos do governo brasileiro com países consumidores.
Esse cenário positivo para o agronegócio brasileiro mostra o potencial do país na produção agrícola e na oferta de proteínas, apontando para um futuro promissor para o setor.