O problema está no camisa dez?

Meia argentino é um dos destaques do time no ano. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

A falta de criatividade, no Brasil, muitas vezes cai na conta do meia armador. No caso do Grêmio, em cima de Franco Cristaldo, tendo em vista que é o responsável por esta função dentro do gramado. Por outro lado, na evolução do futebol, o popular futebol moderno, a armação do jogo não começa pelo camisa dez e sim pelo sistema defensivo. O torcedor ficou muito tempo acostumado com um jogador clássico, mas são poucos que ainda jogam desta maneira e o tricolor não pode ser um destes.

A gente pode numerar quantos tem um dez clássico no Brasil: Alan Patríck, Ganso e se forçarmos um pouco, podemos inserimos o Garro do Corinthians. Hoje, se joga um futebol muito mais compacto, utilizando a parte técnica como um dos fatores para surpreender os adversários. Aqui no sul, o time de Renato, muitas vezes precisou de um articulador e em 2024, o comandante vem quebrando a cabeça por não ter um.

Cristaldo nunca foi este jogador, mas ocupou este espaço do campo em vários momentos da sua carreira. Entretanto, as suas caracteísticas são de um jogador que pisa na área, finaliza, as quais se familiarizam muito mais com um segundo atacante do que como meia. O argentino é muito bom jogador e precisa ser mais valorizado pelo torcedor gremista. A falta de competitividade e criatividade, são problemas da criação de jogadas do time e não necessariamente necessitam passar pelos pés do Cristaldo.

Renato, que muitas vezes falou em “reinventar” o Grêmio, precisa colocar isso em prática e fazer o seu meio de campo jogar mais futebol. Essa mudança, seria um erro em tirar Cristaldo do time. A ausência dele nos onze iniciais seria uma “punição” ao torcedor que for na Arena sábado.