Segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Quem vai pagar esta conta?

O ano começou com promessas de títulos: Gauchão, Copa do Brasil, Sul-Americana, Campeonato Brasileiro… Porém, chegamos em agosto e a realidade do clube mudou total de patamar. Hoje, o torcedor apenas reza para que atinja os 45 pontos e se livre do rebaixamento, ainda mais com o futebol que vem apresentando nos últimos meses.

Para avaliar a temporada, tem vários pontos que necessitam ser levados em consideração: A ousadia nas contratações, o apoio do sócio, a falta de futebol, mudança de técnico e a enchente, mesmo que ela tenha sido o menor de todos estes problemas. O 2024 do colorado tinha tudo para ser dos sonhos, entretanto, na prática, vem sendo mais um ano de tristeza nas arquibancadas. Diante do furacão, o time chegou na marca de 12 jogos sem vencer, além de não ter conseguido nenhuma vitória dentro de casa depois da enchente.

Por outro lado, isso tudo vai muito além das quatro linhas e das orientações táticas que antes eram dadas pelo Coudet e agora por Roger Machado. Os bastidores colorado mostram um Inter desorganizado e com muitas lambanças na gestão Barcellos. Em meio de agosto estamos vendo um time que foi eliminado de três competições abrir mão do Campeonato Brasileiro e fazer um desmanche no seu time. Deste modo, de que forma vão cobrar do Roger vitórias e um bom desempenho, se o time que ele treina durante a semana não pode ser escalado no próximo jogo?

O internacional está passando por um processo de reformulação em meio a uma competição e trazendo peças de qualidade inferior as que estão deixando o Beira-Rio. Deste modo, pegamos exemplos práticos: saiu Maurício e chegou Tabata: atleta que não vinha sendo aproveitado no Palmeiras; Saiu Vitão e chegou Rogel: zagueiro que estava na 2ª divisão alemã e que vem de um longo período parado; Saiu Bustos e Mallo: sem reposição, Roger tem que jogar com improvisações. Esta é a maneira que o comandante colorado vem lidando no dia a dia, além do clube ter realizado a troca do Vice-Presidente de Futebol e desligado o Executivo após o último jogo.

Esta mais que evidente que os problemas vão além das quatro linhas e que isso precisa ser resolvido, de imediato, pois estamos vendo que este reflexo tem entrado dentro de campo. É óbvio que o comportamento dos jogadores também tem que ser levado em consideração e principalmente serem cobrados por isso, mas vai muito além do que apenas um desempenho ruim dentro de campo. Acredito que qualquer treinador que tivesse assumido no lugar do Roger, estaria passando pelos mesmos problemas. Agora, cabe saber quanto tempo vai demorar pra reagir e ver o clube se reestruturar dentro do torneio.